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Ministério da Saúde esclarece: É fake news! Não existe vírus H2N3 no Brasil

Ministério da Saúde esclarece: É fake news! Não existe vírus H2N3 no Brasil

Áudio que circula nas redes sociais e aplicativos de smartphones propaga informações inverídicas. O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza em todos os estados

O Ministério da Saúde informa que não existe uma cepa H2N3 de vírus da influenza no Brasil. Essa é uma informação inverídica que está circulando nas mídias sociais. Os vírus de influenza que atualmente circulam no Brasil são o influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e influenza B. A vacina contra gripe, cuja campanha inicia no segunda quinzena de abril, protege contra estes tipos de três vírus.

O Ministério da Saúde se mantém vigilante quanto à circulação de vírus influenza no Brasil. O país possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde em todas as unidades federadas. Com esta rede é possível monitorar a circulação do vírus influenza por meio da captação de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Em 2018, até 07 de abril, foram registrados 286 casos de influenza em todo o país, com 41 óbitos. Do total, 71 casos e 12 óbitos foram por A/H3N2. Em relação ao vírus A/H1N1pdm09, foram registrados 116 casos e 16 óbitos. Ainda foram registrados 52 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 46 casos e 7 óbitos por influenza A não subtipado. Em 2017, o vírus influenza A/H3N2 foi predominante no Brasil durante a sazonalidade e foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza; até a SE 14 de 2017 haviam registrados 344 casos de influenza no país, com 59 óbitos.

Informações Técnicas sobre o Vírus Influenza

O vírus Influenza é uma partícula esférica que tem um diâmetro interno de aproximadamente 110 nm* e um núcleo central de 70 nm. A superfície é coberta por proteínas de aproximadamente 10 nm de comprimento com funções essenciais ao vírus: a hemaglutinina, responsável pela entrada do vírus nas nossas células onde este se irá multiplicar; e a neuraminidase permite a libertação dos novos vírus que irão à conquista de novas células. O vírus da gripe apresenta um genoma constituído por segmentos de ácido ribonucleico (ARN), o qual codifica, entre uma grande variedade de proteínas virais, as proteínas acima mencionadas.

Existem três tipos de vírus Influenza – A, B e C. Apenas os vírus A e B causam doença com impacto significativo na saúde humana, sendo os principais causadores das epidemias anuais. O Influenza A é essencialmente um vírus das aves que se adapta ocasionalmente aos humanos podendo causar pandemias (isto é, epidemias que se propagam ao mundo todo). Os vírus B e C infetam apenas humanos. O influenza B é responsável por surtos localizados em pequenas comunidades (por exemplo, em escolas). O tipo C causa uma gripe ligeira e está, por isso, menos estudado.

A variabilidade das proteínas virais, Hemaglutinina (H) e Neuraminidase (N), no vírus da gripe A, está na base da sua classificação em diferentes subtipos (por exemplo, H5N1 ou H1N1). Atualmente conhecem-se 16 tipos diferentes de hemaglutinina (H1-H16) e 9 de neuraminidade (N1-N9). É a sua combinação que define o subtipo de vírus da gripe A expresso, o qual apresentará uma resposta epidemiológica e clínica específica.

Ministério da Saúde - Gripenet

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